De vez em quando chegam tempos em que a pessoa adulta pode e resolve morrer pro mundo. Como passarinho encantado e muito amedrontado prefere só o ninho. Morremos pras opiniões dos instadãos ou facebookianas, pros transeuntes, nada importa desde que seja feita a derrama.
Ainda que não se tenha todo do injusto acerto para pagar.
Porque uma vida de tristeza
Não paga em valor a alguns anos de alegria e certeza
para um coração que muito se culpa.
Ao abdicar construímos coisas interessantes
Mas se for de tudo
Amanheceremos mudos
E aí vai depender só do jorro
Desgovernado da juventude
Pra esse mundo emudecido virar.
A mesa, o jogo, as desigualdades.
Seremos apenas os desistidos da cidade.