quinta-feira, 28 de maio de 2020

Aleatória assertiva

Tão velha como no refrão
Forever young, I wanna be...

Entulhada de pensamentos
Descartáveis
Morrida de sentimentos
Imorríveis
Saltada aos olhos
Das caras
Às vezes embrulhada
Como bolo molhado em papel prateado

Segurando a cauda
Do fluxo, da onda,
Você sabe estar inteir@
Sem vazar?
Isso faz diferença;
Segurar. Se bancar;
compensa.

Criando quase ataco;
De bicha acuada
Saio do buraco

Minhas vidas fizeram história
Nesse corpo que acompanha
Minha trajetória
E às vezes penso que viver pra tod@s nós
Deveria ser um ato de vitória


quinta-feira, 7 de maio de 2020

Impostora

Vez em quando me sinto
Impostora
Como arco-íris de led
Numa janela mínima
Tal qual animal que debanda
A própria espécie

Viajante do tempo e espaço
Como agulha de crochê
Mergulhando em várias camadas
De fios sem fim
Que passam por mim

Seria essa a via em que aposto?
Impostora?
O que é imposto?
Ou sim, posso?

Minha tranquilidade ainda
Que rara e feita chegou
Só não me é aceita
Num olhar que secou

Quando criança
Castelo era o meu cavalo
Com o tempo Castelo
Foi para outra dimensão
Dessa terra
De tanta gente
E tanta solidão

Sobrei eu e outros animais
Inclusive humanos
Vagueando às vezes lado a lado
Matando o tempo
Matamos
Com vida abundante
Mas geralmente de olhos fechados
De dar pena
Como bexigas que aproximando-se
Saltam uma para cada lado
Ou estouram

Eu me esvaziando um pouquinho
E você também
Talvez caibamos aqui, meu bem.