segunda-feira, 4 de outubro de 2010

numa tarde da semana

as ondas invadem a
clareira de lençol verde na cidade
de cinza está ficando branco
a mudança é tão operante
que não consigo te explicar

mas parece que num ponto
tenho vontade de voltar

helter skelter
sem saber se é boa a vontade
meu amor voa sem casa

não há coisas que são como o fogo à lareira?

períodos de fartura...

tão bem abastecidos que despertou em quem

não sabia ainda usar o amor louco kundaliní.

há pessoas dançando
room full of mirrors
bebida no chão
um sentimento pagão
que não te explico sem um trago
numa festa

tem gente olhando o olho do gato
gente falando de estrelas e zodíaco
gente tocando vendo cor ouvindo som

uns acelerando a perseguição junto com
o medo dos ratos que saem às ruas,
tomando seu veneno.

há falseamentos por toda parte,
não me pergunte
pq o natural é um benefício em si
com sua cara petrificada de ciência fedendo a naftalina.