domingo, 16 de outubro de 2011

sensa-mor


agudas resoluções estomacais
graves aos ouvidos onde ouve-se abrir e fechar de tímpanos
mistura do inimaginável com a imaginação
está fadado o caldeirão do amor
a sempre borbulhar descobrimentos
do encoberto

abre-se a garganta
e respira
num alívio imediato nem se sabia antes de quê
a tranquilidade tem cheiro de lugares por onde já passei
uma árvore, uma casa antiga
ali esteve o amor comigo
agora está
do aqui e agora
conjugando paralelamente
o não aqui e não agora

agora minha alma não chora
daqui em diante
regenera e revigora

entramos na cachoeira viva
estou agora ainda com mais vida
não egoísta será o amor que me chama
a espalhar o mesmo despertar à raça humana.

para Williamn S.

4 comentários:

William D. Sversutti disse...

inimaginável ventura desvelada sob as águas de uma cachoeira que
desabrocha flores de ouro
árvores enraízam-se em teu esplendor
arco-íris de pétalas de rosa explodem em estrelas no meu peito minha alma em puro deleite, entesourada, mesclada de silêncio e desapego... um infinito jorra deste caldeirão de pedras preciosas, onde como um alquimista transmuta, eu estremeço na fusão de tua alma com a minha - chamas de poesia acesas no vento que espalha o milagre - assombrosa morada da eternidade, meu coração.

hora do crepúsculo disse...

lindu! q seja sempre essa bela morada, o coração! ;**

HEREGE disse...

Tocou o fundo da alma...Houve trechos que puxaram lembranças minhas de tempos antigos... D mais!

William D. Sversutti disse...

te amo