As horas doídas
Precisam ser manejadas
Fincadas na terra
Sacodidas e reboladas
Pareço em círculos fechada
Mas estou no espiral
Dervixes, mesas girantes
O mundo no quintal
A dor precisa sair nas mãos
Que acarinham o pão
Faxinada sem fascínio
Até que dos confetes
Sobre o mínimo
Quem sou eu para te julgar
Quem sou eu? Pára...
Quem?
Longe tenho passado
De ser substrato
Ao teatro de sonhos da mulher triste
A realidade me consome
A ampulheta guarda desertos
E meu movimento do camelo
Na dança encontra
Alegrias genuínas
"Respeito muito minhas lágrimas, mas ainda mais minha risada"
Trabalhando dores
Trabalho horrores
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