O nosso amor virou um moribundo
caminha até se esvair como camponeses
enterrados nas areias do deserto egípcio
nosso amor não foi mumificado
mas adubou gerando fruto
maravilhoso, saudável e brilhante
e por causa dele
nada será como antes;
um moribundo assombra
as centelhas da felicidade
o pobre moribundo não tem para onde ir
assim que saiu desta casa
nós lhe sentimos a falta
mas não o trouxemos pela mão
não fomos de cara, coragem e vontade.
Para cuidá-lo precisaria de dois
e ninguém mais
pode fazer isso.
É a tal da morte em vida
poderia ser um ciclo
cíclico
se vivido em sincera partilha.
O apoio que preciso dar ao fruto
é de raízes mas não de virar seu adubo
pois a alegria é a seiva da vida.
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