sábado, 3 de maio de 2008

na sola do sapato da fama

o frenético tastes like nothing, not think.
a esperança, minutos de fama vindouros.
assim, de frio na fila morreu ela
não cantou no programa de calouros.

as cinzas do canavial pousaram em seu cabelo
preto
dormia sob a neve que não existe no Brasil.
direto em seu cinto cravejado por rebites
um pássaro que cantava lá do céu jogou sua marca.

as abelhas sentiram o cheiro
do gloss que ela usava
pousaram e anunciaram tristes
a morte de quem nunca tomou seu mel.

Um comentário:

Le Monde Moi disse...

A velha esperança de ser "alguém", de ser "pessoa" ao invés de indivíduo... aquele sentido bem "daMata"...
Falta-nos folêgo para a realidade de ser indivíduo, longe do privilégio de ser pessoa.
E essa daí se fudeu na fila do show de calouros hauhuahahuhuahahuhua

amei...
=***